Fotografia: Carlos Santos ,  © Câmara Municipal de Oeiras Fotografia: Carlos Santos ,  © Câmara Municipal de Oeiras Fotografia: Carlos Santos ,  © Câmara Municipal de Oeiras Fotografia: Carlos Santos ,  © Câmara Municipal de Oeiras Fotografia: Carlos Santos ,  © Câmara Municipal de Oeiras


Designação do objecto:

Retrato do Marquês de Pombal

Localização:

Oeiras, Lisboa, Portugal

Museu titular:

Câmara Municipal de Oeiras

Titular original:

Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal

Proprietário atual:

Câmara Municipal de Oeiras

Datação do objecto:

1766

Autor (s) / Mestre (s) / Artesão (s):

Louis-Michel Van Loo (1705, Toulon – 1771, Paris); Claude Joseph Vernet (1714 – 1789); António Joaquim Padrão (n.d – 1791); João Silvério Carpinetti (1740 – 1800).

Número inventário do Museu titular:

002605

Material / Técnica:

Óleo sobre tela.

Dimensões:

Altura: 290 cm; largura: 354 cm

Atelier / Movimento:

Retratística barroca europeia.

Proveniência:

Palácio do Marquês de Pombal, Oeiras.

Tipologia do objecto:

Pintura.

Periodo de actividade:

Meados/segunda metade do século XVIII

Local de produção:

Lisboa e Paris.

Descrição:

Retrato pintado em 1766 por Louis-Michel van Loo - pintor francês, famoso pelos retratos de aparato de monarcas e nobres - conforme os esboços enviados de Lisboa por Joaquim António Padrão e João Silvério Carpinetti e, em conjunto com Claude J. Vernet, autor dos fundos marinhos. Foi encomendado, de Lisboa, por dois abastados comerciantes, Gerard Devisme, inglês, e David Purry, suíço, directamente beneficiados pela política de Pombal, para louvar a vida e a obra do Marquês.
Político impiedoso, ministro todo-poderoso de D. José I, durante 27 anos (1750-1777), é a figura emblemática do Despotismo Iluminado português. No retrato, a sua mão esquerda aponta para o Tejo, numa alusão à expulsão dos Jesuítas, ao controlo do Tribunal do Santo Ofício e à submissão da Igreja portuguesa. Mas também significa a reafirmação da vocação atlântica do reino, representada pelo Mosteiro dos Jerónimos, ao fundo. Mercantilista, fundou a Junta do Comércio, com poderes reguladores sobre a economia do reino, criou companhias monopolistas privilegiadas, entregues à muito favorecida burguesia mercantil, e revalorizou o sector manufactureiro. Racionalizou o aparelho do Estado e fundou a Companhia das Vinhas do Alto Douro, para controlar a produção e o comércio dos vinhos do Douro e proteger a boa qualidade do vinho do Porto. Fundou a Aula do Comércio, o Real Colégio de Nobres e criou e distribuiu por todo o país 497 postos de “mestres de ler e escrever”. Reformou a Universidade de Coimbra, até aí controlada pela escolástica jesuítica. No retrato, as figuras alegóricas de Comércio, Artes e Indústria, que rodeiam a estátua de D. José I, simbolizam estas reformas. No rescaldo do terramoto de 1755, segundo os princípios do racionalismo iluminista e com mão de ferro e espírito pragmático, coordenou eficazmente a reconstrução de Lisboa, simbolizada tanto na estátua equestre de D. José, no centro da nova Praça do Comércio, que substituiu o velho Terreiro do Paço, como nas plantas que repousam debaixo da sua mão direita e sobre a banqueta, a seus pés.

View Short Description

A Louis-Michel van Loo, pintor francês da segunda metade do século XVIII, foi encomendado, em 1766, o Retrato do Marquês de Pombal, primeiro-ministro de D. José, cujas figura e obra o quadro celebra.

Como foram estabelecidas datação e origem:

Documentos originais e análise estilística.

Historial da aquisição pelo Museu:

O retrato foi transferido do Palácio do Marquês de Pombal, em Oeiras, para o edifício da Câmara Municipal, em 1939.

Bibliografia seleccionada:

Marques, A. H. de O., História de Portugal, 1º vol., Lisboa, 1974.
Monterroso Teixeira, J. de, O Triunfo do Barroco, Europália, 1991.

Citation:

Cristina Correia "Retrato do Marquês de Pombal" in "Discover Baroque Art", Museum With No Frontiers, 2025.
https://baroqueart.museumwnf.org/database_item.php?id=object;BAR;pt;Mus11_A;13;pt

Autoria da ficha: Cristina CorreiaCristina Correia

APELIDO: Correia
NOME PRÓPRIO: Cristina

ORGANISMO: Escola Secundária Eça de Queirós, Lisboa

CARGO/ FUNÇÃO: Professora de História do Ensino Secundário, Coordenadora do MWNF em Portugal

CV:
Cristina Correia, licenciada em História em 1978, com pré-especialização em História de Arte. É desde 1985 Professora do quadro da Escola Secundária Eça de Queirós, em Lisboa, onde lecciona História e Língua e Cultura Portuguesas para Estrangeiros. Entre 1987 e 1998, desempenhou funções nas áreas da Prevenção Primária, das Relações Internacionais do Instituto da Juventude e da Coordenação da Acção Cultural do Instituto Camões. É Vice-Presidente do Museu Sem Fronteiras desde 1998 e Coordenadora do MWNF em Portugal.

Número interno MWNF: PT 16

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